Acho que faz uma diferença tão grande em nossas vidas, quando entendemos que Deus quer falar com as pessoas através de nós. Nós somos a mão, a boca, os pés, os braços de Deus, somos a encarnação da Sua presença:
“Portanto, somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por meio de nós. Em nome de Cristo, pois pedimos que vocês se reconciliem com Deus.” – 2 Coríntios 5:20
Assim como um embaixador precisa falar em nome do país que está representando, carregamos em nós, a insígnia de Cristo. E, por isso, quando falamos, as pessoas devem conseguir ouvir o que Deus tem para elas. E quando agimos, nossas ações devem representar bem o que Cristo faria.
Esta é a base para o nosso aconselhamento bíblico, isto é, para como devemos agir como conselheiros.
Jesus atraiu as multidões para si pelo que Ele era, não só pelo que fazia. Da mesma forma, é a nossa misericórdia, graça e bondade que atrai as pessoas para nós, quando estão com problemas.
A Palavra de Deus nos mostra características de bons conselheiros:
“Portanto, como eleitos de Deus, santos e amados, revistam-se de profunda compaixão, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem-se mutuamente… Acima de tudo isto,… esteja o amor” – Colossenses 3:12-14
Nós podemos ajudar os outros, suportando (carregando) aqueles que estão cansados, quando estamos cheios de bondade, humildade, mansidão, paciência e compaixão. Destaco esta última, pois corresponde à empatia, a se procupar com o sofrimento do outro, a se alegrar com os que se alegram. E, acima de tudo, destaco o amor, que deve estar sempre presente em nosso aconselhar.
Na Bíblia, o apóstolo Paulo mostra algumas faces do aconselhamento:
“Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos. Tenham cuidado para que ninguém retribua o mal com o mal, mas sejam sempre bondosos uns para com os outros e para com todos.” – 1 Tessalonicenses 5:14,15
Vemos que elas estão ligadas a(o):
- advertência – alertar a pessoa para desviar do caminho errado
- conforto – consolar a pessoa que está triste, em luto, que perdeu algo e está sofrendo
- auxílio – ajudar uma pessoa confusa, que não sabe o que escolher, o que fazer, que está em dificuldade e precisa de um ombro amigo
- paciência – ser paciente com a pessoa aconselhada, ao longo de todo o processo
Notamos assim que, para aconselhar bem, é preciso que a pessoa desenvolva habilidades em: ouvir, compreender (analisar e interpretar), encorajar, admoestar, ensinar, aplicar (colocar em prática), supervisionar e perdoar.
Bons conselheiros têm, pois, como características:
- Maturidade e equilíbrio – ser cheios de sabedoria
- Interesse em pessoas, empatia, humildade e sensibilidade
- Confiança e ética – caráter e moralidade
- Conhecimento – da natureza humana, de Deus e das Suas palavras, do mundo
- Honestidade e ousadia
Vemos por essas qualidades, que leva tempo para que bons conselheiros se formem, estando cheios da sabedoria de Deus para ajudar as pessoas. Trata-se de um processo contínuo de aprendizagem e amadurecimento.
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